Não é brincadeira não!

Oi gente!!! Tudo bom? 

Acabei de chegar do cinema, assisti um filme lindo na companhia da minha mãe que me fez refleti. O filme que assisti contava a história linda de uma professora de faculdade que descobriu que estava com a doença de Alzheimer precoce. Achei linda a profissão da personagem e me identifiquei com a mesma, que escrevia livros até descrever sua doença em palestras para as pessoas. No decorrer da noite me coloquei até a personagem, a profissão de professora, a mais bela de todas, a mais honesta, a arte de cuidar, de ensinar: a minha amada profissão!

Eu sempre digo isso para as pessoas: precisamos amar a nossa profissão, para não ser uma obrigação, uma coisa chata, por isso eu faço o meu trabalho com o maior prazer, com uma idealização, objetivos meu e do aluno (a) que esta presente na minha vida. Ensinar é uma arte feita com prazer e amor. Trabalhar com crianças é um dever, é uma terapia pra mim, é verdadeiro, elas são verdadeiras, olham nos olhos, te fazem carinho nos gestos e no olhar. Eu estudei anos da minha vida e me dedico até hoje pra isso, não é brincadeira não! 

Eu fui muito criticada, e sou até hoje, por ter escolhido essa profissão, por vários motivos, mas basicamente por ganhar pouco e trabalhar com criança. Tem que ter paciência!!! Escutei muito isso, muito mesmo!

A profissão de professor não é valorizada hoje em dia. Eu estou falando de valores, estou falando sobre educação, ensino, aprendizagem, isso não é brincadeira, não é sentar no chão e brincar. As pessoas confundem as coisas. é por isso que os jovens crescem assim, todo mundo faz o que quer e como quer, as crianças não tem limites dentro de casa, os jovens não tem respeito, é só dá o ipad pra criança se distrair que tá tudo bem. Sem falar da ausência dos pais na educação dos filhos, sem falar na ausência dos pais na vida dos filhos, porque hoje se trabalha mais e mais. Paga uma babá pras crianças que as coisas ficam perfeitas, joga a responsabilidade pras babá ou para as escolas que fica tudo lindo. Hoje o sistema funciona exatamente assim. 

Além de trabalhar com educação eu também trabalho com inclusão, psicopedagogia, educação especial. Mais uma realidade que eu enfrento, porque como profissional e pessoa vejo tanta coisa, tanta gente enrolando, excluindo, negando. As pessoas se acomodam e não enxergam o novo ou o diferente. Adoro receber mães na minha sala e escutar histórias lindas de lutas intermináveis, tenho vontade de carregar no colo e acolher todas

Já tem um tempo que tenho essa profissão, apesar do rosto novo mas sou velha, peguei crianças com dificuldades, participei da vida escolar, de formaturas de 1ª série, as primeiras leituras, a letra que era um garrancho e hoje tá linda, a alfabetização, até me emociono porque cada passo, cada estratégia é um sucesso sem medida, eu fico muito feliz! Aí me paga o preço que for por que tudo isso pra mim já basta! 

BJS BISTORESCOS!!!!!